Pensar verde

Por que devemos levar realmente a sério os princípios de ESG?
(ESG)

O Banco Central introduziu “Sustentabilidade” como a quinta dimensão da sua Agenda. O Bacen toma a frente e nos coloca na fronteira da regulação financeira.

O presidente possivelmente não sabe disso, como não sabia da implementação do PIX, há muitos anos implantado noutros países.

 As quatro primeiras dimensões são inclusão, competitividade, transparência e educação.

“Sustentabilidade se junta agora como resposta aos impactos de eventos climáticos extremos que – cada vez mais frequentes – afetam variáveis econômicas e impõem novos riscos ao sistema financeiro.” (Ana Carla Abrão)

O ministro do Meio Ambiente ainda não sabe disso, creio.

Pensar verde faz bem também à economia, além de a nossas consciências.

Nosso país tem uma oportunidade – única – de ser a grande potência neste século!

Sem ufanismo, temos o que o planeta precisa: sol, terra, florestas, água, biodiversidade. Transformar esse potencial em riqueza requer determinação (projeto político) que se traduza em investimentos em educação, ciência e técnicas. Alguém duvida de que somos capazes?

A ideia de crescimento ‘material’ está se dissolvendo. O PIB não expressa riqueza do ponto de vista da população. Ele esconde o processo de concentração. Além de ‘ofuscar’ a degradação do meio que o alimenta.

Precisamos de um “Green Deal“, um compromisso com a vida!

Já há um fantástico estoque de recursos disponíveis, superior a US$ 30 trilhões (cem vezes o valor de nossas reservas) destinados a investimentos privados que levem ao equilíbrio ambiental, que sigam as regras ESG. E, essa consciência só aumentará.

O país não crescerá de forma suficiente e necessária se, apenas, fizer as reformas prometidas (nas quais nenhum investidor acredita). Investimentos estrangeiros (e internos) só virão se o país não continuar como pária ambiental.

“Estamos jogando pela janela aquela que é uma oportunidade secular para avançar.

No século 19, nos faltou o carvão. Na maior parte do século 20, nos faltou petróleo.

Não falta sol nem vento nem plantas que fornecem combustível que não produz efeito estufa.

Temos tudo para a economia do século 21.” (Luciano Huck)

Continuamos a olhar o que poderia nos fazer grandes em séculos passados; e não o fizemos, pois tudo foi carreado para os exploradores colonialistas. Essa mentalidade precisa mudar. Temos uma oportunidade – única, repito – de liderar a economia mundial, com energia sustentável e biodiversidade, desde que haja investimentos em C&T.

Publicado por Dorgival Soares

Administrador de empresas, especializado em reestruturação e recuperação de negócios. Minha formação é centrada em finanças, mas atuo com foco nas pessoas.

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