Em cinco décadas (1970 a 2016), a vida selvagem encolheu 68%! É a sexta extinção em ritmo exponencial. Razões: degradação ambiental e ação humana. O homem dominará desertos? Não, a espécie pagará o preço.
O declínio mais acentuado ocorreu na América Latina: 94%!
O estudo, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), está aqui: (https://www.dw.com/pt-br/mundo-perdeu-68-dos-animais-selvagens-em-menos-de-50-anos-aponta-wwf/a-54881584)
Nossa prática de devastação leva-nos a pensar que sem a destruição do que nos cerca não teríamos – nem teremos – progresso. Somos a praga do planeta e estamos consciente disso.
O mito do progresso nos diz que estamos indo a algum lugar, e tudo o que não nos interessa ou já usamos, vamos largando no percurso, nas palavras de Ailton Krenak.
A desintegração do nosso meio está em curso; vemos-nos à parte (acima) da natureza, ignorando que dela somos partes; dela viemos e a ela voltaremos.
“Quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer dinheiro”. (Vernon Foster, índio americano)
“… há uma casta de humanoides que detém o segredo do santo graal, que se entope de riqueza enquanto aterroriza o resto do mundo.” (Krenak) São os “consumidores do planeta”.
“Nosso tempo é especialista em criar ausências: do sentido de viver em sociedade, do próprio sentido da experiência da vida. Isso gera uma intolerância muito grande com relação a quem ainda é capaz de experimentar o prazer de estar vivo, de cantar.”
“Nosso planeta é vulnerável e isolado. E é aqui onde todas as emoções da história da humanidade foram sentidas. É a única casa que nós conhecemos e, em breve, ela pode não existir mais. (…) Para restaurar a estabilidade do planeta, precisamos recuperar sua biodiversidade, exatamente o que eliminamos.” (David Attenborough)
Quer dizer, pode não existir mais para nós, os sapiens.