
A Estônia tem uma área um pouco superior à do estado do Rio de Janeiro e uma população próxima à de Porto Alegre. Foram independentes entre 1918 e 1940. Após a II Guerra, passaram a ser um dos satélites da URSS. Voltaram a ser independentes em 1992.
A matéria abaixo fala do empenho dos estonianos em se distinguirem, criando uma independência tecnológica.
Apesar de termos um sistema eletrônico de votação desde 1996, ele continua a partir da coleta do voto, com todo o aparato de 1,6 milhões de “mesários” em mais de 400 mil seções eleitorais! Uma festa (cívica?)! A Estônia instituiu, em 2005, um sistema online pelo qual todos podem votar de qualquer lugar do mundo.
99% de seus serviços públicos são digitalizados, inclusive na área da saúde – os médicos podem comparar e visualizar os registros dos pacientes (desde que ele concordem) onde e quando for necessário. Essa digitalização traz uma economia de 2% do PIB.
A “república digital” começou em 1997, quando menos de 2% da população mundial tinha acesso à internet. O governo decidiu que todos os cidadãos seriam tecnologicamente alfabetizados e a governança seria sem papel e descentralizada. Um ano depois, quase todas as escolas já tinham acesso à internet. Sobre educação, ela é a quarta colocada no ranking do Pisa.
A partir de 2000, o acesso à internet passou a ser “um direito humano básico.”
Em 2012, a Estônia se tornou o primeiro país a usar a tecnologia ‘blockchain‘ para governança, usada inclusive para o combate à injustiça. Com o blockchain, só os cidadãos são os proprietários de seus dados pessoais, não o governo.