
Em 1792, um representante de uma missão à China, lorde Macartney, levou algumas peças de cerâmica produzidas na fábrica de Josiah Wedgwood – então, o melhor ceramista inglês; viria a ser o avô materno de Charles Darwin – para presentear o imperador chinês. Uma gafe, um insulto. O imperador ficou ressentido e se recusou a aceitá-las. O produto inglês parecia primitivo se comparado ao produzido na China. Os ingleses passaram se referir à porcelana como ‘china’.
As técnicas de modelagem, vitrificação e cozimento de cerâmicas, já na dinastia dos Song (séculos X e XI da era cristã), eram muito mais avançadas do que na Europa. Mas, a tradição ceramista chinesa retrocede à dinastia Han (206 a.C. até 220 d.C), talvez antes.
No século XIII, Marco Polo contou suas aventuras, que o levaram a um longa estadia na China. Ele elogiou a beleza da cerâmica que viu lá. Ele a ‘batizou’ de “porcelana” devido ao seu aspecto luzente, comparável à concha madrepérola de um pequeno molusco que tinha esse nome.
Somente no século XVI pensaram em imitá-las, sem sucesso. Só em 1709, o químico (e alquimista) Johann Friedrich Böttger intuiu que o caulim seria o segredo, por ser uma argila resistente à queima em altas temperaturas, combinado ao feldspato.
