A diversidade dá sentido ao mundo

Gottfried Wilhelm von Leibniz - matemático nascido em 1 de julho 1646 •  Notícias • Clube da SPM
( Gottfried Wilhelm von Leibniz)

“Acredito que uma folha de grama não é menos do que a jornada das estrelas.” (Walt Whitman)

Sempre nos lembram que devemos ser ‘objetivos’. Objetividade, entretanto, é uma ficção, uma abstração. Tudo que é material pressupõe uma pré-diferenciação muito antes de sua concretização como coisas.

“Em 1685, num dia qualquer, o gramado luxuoso do palácio da princesa Sophia em Hanover foi ocupado com aristocratas curvados, ajoelhados e olhando para a grama. Tentavam encontrar duas folhas de grama idênticas para refutar um dos princípios estabelecidos por Leibniz: a identidade dos indescritíveis, conhecida como Lei de Leibniz, que afirma que ‘não pode haver duas entidades separadas que tenham todas as suas propriedades em comum‘.

Um cavalheiro havia discordado do princípio de Leibniz na presença da princesa, e ela simplesmente o desafiou a refutá-lo encontrando duas folhas de grama exatamente iguais.

Leibniz observou com satisfação o cavalheiro ‘correr por todo o jardim por um longo tempo’ antes de finalmente desistir.” (Maria Popova)

Vivemos numa imaginária realidade de abstrações, consensual. A semelhança perfeita é encontrada apenas em noções incompletas e abstratas. Se considerarmos isso, veremos com outros olhos questões como individualidade, incompletude, diversidade e diferenças, que dão cor a todos os aspectos de nossas vidas. E tornam a vida o que é.

No século XIX, Darwin constatou a diversidade da natureza sobre a Terra e concluiu que as espécies não eram fixas, o que o levou a deduzir também que os indivíduos de cada espécie apresentam uma imensa variabilidade. 

Apesar disso, alguns acreditam que são partes de grupos, identitários, nos quais só os “idênticos” são aceitos! Como se fossem clones ou algumas bactérias assexuadas.

É justamente a diversidade que permite a vida se ‘experimentar’ evolutivamente.  

A natureza é regida pelo acaso e pelo que ocorre no ambiente. E, não há, na transformação das formas de vida, um caminho claro, seja ele rumo a indivíduos mais complexos ou, por exemplo, em direção à racionalidade.

Ignorar essa prática não ajuda. Seria tentar vetar o processo evolutivo, como espécie e como sociedade.

Publicado por Dorgival Soares

Administrador de empresas, especializado em reestruturação e recuperação de negócios. Minha formação é centrada em finanças, mas atuo com foco nas pessoas.

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