
“No indivíduo, a insanidade é rara; contudo, em grupos e partidos, em nações e ao longo das mais diferentes épocas, ela é uma regra.” (Nietzsche)
Manfred Kets de Vries trouxe a visão psicanalítica para o estudo das organizações, em especial para a ‘liderança’. A psicanálise aliada à psicologia evolutiva, à neuropsiquiatria e às teorias sistêmica familiar e cognitiva.
Algumas observações:
- as pessoas responsáveis por organizações, mesmo entre as maiores e aparentemente bem-sucedidas, estão longe de se mostrarem ‘decisores racionais’, porque a maioria de nossas atitudes foge a uma percepção consciente;
- as emoções são relevantes, mas muitas empresas escondem essa realidade, sequer as admitem;
- todos nós temos um lado sombrio e tentamos evitar, nas empresas, esses aspectos constrangedores de nossa experiência;
- há uma enorme discrepância entre aquilo que as pessoas alegam fazer e o que, de fato, realizam;
- somos um produto de nosso próprio passado – muito do que o ser humano ‘aprende na infância’ é determinante para seu comportamento na vida adulta;
- todo indivíduo é normal até que o conheçamos melhor;
- por que líderes empresariais conseguem criar culturas organizacionais tão ‘neuróticas, com toxicidade prevalecendo em ambientes disfuncionais?
- por que há tantas organizações que funcionam como verdadeiros campos de trabalhos forçados – lugares desagradáveis para se estar?;
- quantos sabem o que os motiva, o que lhes é importante, o que lhes causa paixão, como afetam outras pessoas? (…)
Sobre esses e outros temas correlatos se debruça Manfred Kets de Vries.
