
Thomas Paine era britânico. Viveu entre 1737 e 1809. Participou de duas revoluções, a da Independência americana (é um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos) e da Revolução Francesa. “Participar em duas revoluções é viver para algum propósito”, escreveu para Washington.
Não era um revolucionário “radical”; só queria liberdade, paz universal, civilização e comércio. Sua proposta mais ‘assustadora’ foi a da criação de um imposto de herança de 10% para financiar as pensões dos idosos. Defendia a iniciativa privada: “o processo mais eficiente é o de melhorar as condições do homem através de seus interesses”, com liberdade.
“Quando os direitos dos homens são iguais, todos percebem que proteger os direitos dos outros é a melhor proteção para si mesmos.” (Paine)
Mas, escrevia coisas com as quais o povo se identificava, como o texto acima.
Seu livro “Senso Comum”, que trata dos direitos do homem, escrito em fevereiro de 1776, cristalizou as aspirações da independência dos EUA.
“… um hábito antigo de não conceber algo como ‘errado’ lhe confere uma aparência de ‘certo’, e de início faz surgir um formidável brado em defesa do ‘costume’.” Sem perceber, era uma crítica aos “conservadores” de conveniência, da Jovem Pan.
“Eu não conheço nenhum outro homem no mundo que tenha exercido maior influência nos últimos trinta anos do que Tom Paine.” (John Adams)
Noutro livro, de 1794, ‘Age of Reason’, foi o primeiro a dizer – em linguagem compreensível às pessoas comuns – que a Bíblia não era a palavra de Deus. Queria que a pessoa comum percebesse que aquilo que os padres (hoje, os pastores) diziam sobre a Bíblia, ou os ricos sobre a sociedade, estava errado; era manipulação.
Sua luta era contra o ‘privilégio’, que impedia o caminho da liberdade e, contra as forças (ainda não claramente reconhecidas) que impeliam homens simples como ele para a pobreza. Achava que seria ridículo e irracional que homens independentes não devessem triunfar. O fato é que a aristocracia continua encastelada no poder, de forma ‘democrática’. E que ‘independência’ é um slogan para amordaçar e iludir o povo para que não veja suas algemas, já no nascedouro.