
Não bastava curar o órgão doente, pensavam os antigos. Adoece-se quando a harmonia com o universo é rompida; é necessário o restabelecimento da harmonia para chegar-se à cura. Na medicina oriental, a harmonia é restabelecida quando se consegue o equilíbrio entre as forças contrárias (yang e yin) presentes em tudo.
A acupuntura segue este princípio no tratamento (principalmente das dores) e a macrobiótica, na alimentação.
A acupuntura é criticada, naturalmente, por não se basear no conhecimento científico, embora seja baseada no empirismo. A medicina moderna não consegue esclarecer, por exemplo, o que sejam os “meridianos”.
Para os acupunturistas, há cerca de mil pontos na pele que são sensíveis a determinadas doenças. Eles estão distribuídos em 12 grupos, arranjados em meridianos. Cada meridiano está associado a um órgão interno. A energia da vida flui através desses meridianos.
“É incrível que uma pequena agulha cravada na perna de alguém, logo abaixo do joelho, possa melhorar o funcionamento do seu fígado. No entanto, isso acontece. E pelo fato de ser assim, é que para nós, ocidentais, a acupuntura possui essa aura de magia. Na verdade ela é uma ciência empírica, fundamentada na observação.” (Aldous Huxley)
No Japão, o correspondente da acupuntura chinesa é o moxa ou moxabustão, que atua com a combustão de folhas secas de moxa ou absinto num recipiente específico, sobre determinados pontos da pele.
Ainda, nessa linha, há o Do-in, uma técnica de automassagem, que basicamente utiliza a pressão dos dedos das mãos em pontos específicos do corpo.
No Ocidente, a medicina alopática encara o indivíduo como um somatório de órgãos, apoiada nas ideias de Galeno, que diferem das de Hipócrates, que via o indivíduo como uma só unidade.