
40% dos adultos e 20% das crianças são obesas nos Estados Unidos.
A Escola de Saúde Pública de Harvard estima que os americanos obesos serão quase 50% da população americana em 2030, se as tendências atuais continuarem. Cerca de um quarto da população terá obesidade grave. O número total de pessoas obesas no país passaria de 99 para 164 milhões, segundo o estudo. Com isso, serão mais 8 milhões de casos de diabetes, 7 milhões de doenças cardíacas e mais de 500 mil novos casos de câncer.
A razão centra-se em hábitos alimentares e sedentarismo.
Sobre a alimentação, sabemos, os problemas estão nos alimentos ultraprocessados, e no excesso de consumo de açúcar, gordura e sal.
Por muito tempo propaga-se que uma alimentação saudável seria representada por uma pirâmide, na qual os grãos ocupam a base e quantidades muito menores de açúcares e gordura se espremem no topo. Mas, a indústria de alimentos atua, principalmente no marketing para crianças, com uma pirâmide invertida. As principais indústrias entregam produtos baratos, de rápido consumo, práticos, saborosos, com porções exageradas e ricos em energia. Seus dogmas são: “sabor, conveniência e custo”.
Energia, combustível, papel dos carboidratos (açúcares e amido, principalmente). Ultimamente, os nutricionistas estão trocando as tabelas de “calorias” por “índice glicêmico”.
A indústria alimentícia entrega o que o público quer: sabor. O corpo humano é enganado, confundindo sabor com nutrição.
Michael Moss, em seu livro de 2013, “Sal, Açúcar, Gordura”, cita uma reunião dos maiores fabricantes de alimentos dos EUA, realizada em 1999, motivada pela crescente preocupação com a epidemia de obesidade no país.
“Em primeiro lugar, o próprio processamento tira o valor nutricional do alimento. A maioria dos grãos é convertida em amido. Há açúcar concentrado, e muitas das gorduras também foram concentradas …” Walter Willett, de Harvard
A reunião terminou com o adiamento do “problema” para outro momento. Seus pesquisadores continuam procurando o “bliss point” (ponto de êxtase) para cada produto; ou seja, a quantidade exata de açúcar, gordura ou sal necessária para deixar os consumidores nas nuvens.
No Brasil, o médico Carlos Augusto Monteiro vem há anos divulgando os malefícios dos alimentos ultraprocessados. Eles, comprovadamente, causam ganho de peso.
Finalmente, o Ministério da Saúde preparou um “guia alimentar” que divide os alimentos conforme seu nível de processamento. A Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) não aceita essa classificação. Conseguiu o apoio do Ministério da Agricultura para barrar sua divulgação. No meio, nossa saúde e os interesses da indústria.
A geração dos gordos. Dos sanduíches kings. macdonald. Massas .açúcar. geração futuramente diabéticas. Geração Coca-Cola. E outros refrigerantes. Sucos processados. Água caiu de moda. É isso que temos para o futuro. Reduções de estômago para perda de peso..
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