“Nós não temos dinheiro, então nós temos que pensar” (Ernest Rutherford)

Ernest Rutherford era físico, mas ganhou o Nobel de Química em 1908 e, depois, idealizou o “modelo atômico” com um núcleo positivo e elétrons orbitando. Proferiu a frase acima quando do recebimento do Nobel.

Como sempre, a importância da ciência e, por conseguinte, da educação, não é óbvia para a maioria da população e dos governantes. Para estes, principalmente os protofascistas, sob o disfarce de populistas, a educação é inimiga: o saber gera questionamentos; fascistas querem lealdade inquestionável. A burrice voluntária é o que deve almejar o ‘novo cidadão’. É tudo o que seus seguidores querem: pensar é cansativo. Por isso amam a rotina, as regras – leis e ordem – e o líder “esclarecido”.

A pior ignorância é a abdicação do pensar de forma independente. Procurar nichos, grupos identitários, correntes políticas homogêneas – todos se auto-replicando, reverberando as mesmas ideias -, adoradores do mesmo credo, excluidores de divergências e diferenças.

Hipócrates já ensinava a olharmos para nossas doenças a partir de nossa dieta e do nosso ambiente.

Um governo que não prioriza a educação e a ciência deixa claro que o obscurantismo é o seu objetivo. Mentiras, falsidades e ataques ao pensamento científico e à Academia é o caminho para a mobilização de dóceis seguidores e a nossa vinculação colonial ao império escolhido.

Calar e assistir é consentir. A elite que apoia tais governos são cúmplices do atraso.

O nosso país tem riquezas imensuráveis. A principal é o povo. Mas, permaneceremos ‘subdesenvolvidos’, emergentes, enquanto não decidamos por liderar nosso ‘destino’.