
Em artigo recente, Paul Krugman volta a abordar os problemas americanos: “Desigualdade extrema, com desigualdade racial em uma escala que os brancos podem achar difícil de compreender. Uma rede de segurança social fraca, incluindo uma falha única entre os países avançados em garantir a saúde universal. Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal terrível, com muito menos férias e tempo para a família do que uma nação rica deveria ter.”
Os valores americanos estimulam o acúmulo, a perseguição da riqueza material mesmo ao custo das saúdes física e mental. O sonho americano, ser ‘bem sucedido’ – materialmente, claro.
“… somos uma nação obcecada pela noção de vencedores e perdedores. A natureza de minhas várias carreiras me colocou em contato com uma série de pessoas extremamente bem-sucedidas, em várias esferas da vida, e o que sempre me impressiona é como muitas delas são inseguras, porque há sempre outro gestor de recursos que ganha ainda mais bilhões ou outro professor que ganhou ainda mais prêmios.
Imagine o que esse tipo de mentalidade competitiva faz com as pessoas que não são objetivamente bem-sucedidas, que – geralmente sem culpa própria – ficaram presas por mudanças econômicas ou sociais.
Mas a vida é mais do que dinheiro. Para dar apenas um exemplo grosseiro, uma coisa que você certamente precisa fazer para ter uma vida boa é, bem, não morrer.” (Paul Krugman)
Não morrer bestamente, de desgosto, inveja, frustrações, falta de “méritos” …
A morte nasce com o nosso nascimento, portanto a vida deve ser fruída com prazer, plena de reconhecimento – não por ‘sucessos’ – mas, por sua própria existência.