
À MOCIDADE ACADÊMICA
“Moços! A inépcia nos chamou de estúpidos!
Moços! O crime nos cobriu de sangue!
Vós os luzeiros do país, erguei-vos!
Perante a infâmia ninguém fica exangue
Protesto santo se levanta agora,
De mim, de vós, da multidão, do povo;
Somos da classe da justiça e brio,
Não há mais classe ante esse crime novo!
Sim! mesmo em face, da nação, da pátria,
Nós nos erguemos com soberba fé!
A lei sustenta o popular direito,
Nós sustentamos o direito em pé!”
Castro Alves morreu em 1871, aos 24 anos! Tuberculose, a executora dos poetas! Como ele, foram tragados Casimiro de Abreu, Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Emily Brontë, Keats, Lord Byron, Schiller …
Poetas morrem mais cedo do que outros escritores, como novelistas e roteiristas. Pensei em ser poeta; a falta de qualificação me salvou. A tuberculose nada tem contra os poetas; os poetas é que não se cuidam para a vida.