O homem é um organismo passivo, governado por estímulos fornecidos pelo ambiente externo. Ele pode ser manipulado, seu comportamento pode ser controlado, através de adequado controle de estímulos. Este é o pensamento de Burrhus Frederic Skinner, psicólogo behaviorista, comportamentalista. Livre arbítrio seria invencionice, ilusão; a ação humana depende das consequências de ações anteriores.

O homem é a fonte de todos os atos. Ele é essencialmente livre para fazer escolhas em cada situação. O ponto focal dessa liberdade é a consciência humana. Seu comportamento é apenas a expressão observável e a consequência de um mundo interior, essencialmente privado. Este é o pensamento de Carl R. Rogers, psicólogo fenomenologista.
As pessoas são meras repetidoras de estímulos ou elas são capazes de refletir e agir por consciência própria? Ou, somos uma mistura de ambas as hipóteses? Seríamos capazes de pensar e fazermos escolhas a partir de nossa própria avaliação, mas às vezes deixamos-nos levar por “agentes e informações prontas” externas, sem questionamento?
Ou seja, o homem é previsível ou é essencialmente imprevisível? Determinismo ou liberdade? Seria o homem um elemento vivo que tem a capacidade de transmitir informações, mas não de alterá-la?
Pelo Behaviorismo, acredita-se que podem ser desenvolvidas leis que destinam e justificam classes inteiras de fenômenos sociais. O homem se conformaria com tais leis. Um homem seria igual a outro homem, conduzível. Seu comportamento seria traduzido em termos absolutos, sem restrições ou limitações.
Pela Fenomenologia, cada homem é considerado único. Sua atuação no mundo só pode ser explicada em termos relativos. Não caberiam leis gerais de comportamento, pois tudo dependeria de alguma coisa, principalmente da consciência humana.
O comportamentalismo ignora os efeitos e a importância das interações e interdependências da existência humana. A fenomenologia, ao contrário, considera-as relevantes.
Se o homem for predizível, se ele existir como um fato conhecível, então ele é uma realidade objetiva. Se não, então ele existe como uma potencialidade.

“Acho justo dizer que jamais será completa uma teoria de psicologia que não incorpore centralmente o conceito de que o homem tem seu futuro dentro de si, dinamicamente ativo no momento presente.” (Abraham Maslow)
A escolha por um ou outro entendimento sobre o que somos tem efeitos práticos, tanto politicamente quanto, principalmente, na educação. Pois, o ensino é uma atividade que emerge de alguma concepção sobre como ocorre a aprendizagem.