
A metodologia OKR (Objectives and Key Results) significa “objetivos e resultados-chave”. Ela estimula a colaboração e o acompanhamento de resultados. Suas linhas gerais são a manutenção do ‘alinhamento‘ e do ‘foco dos colaboradores‘, ‘estímulo à produtividade’, ambiente de ‘transparência’, ‘comunicação’ aberta, reforço da ‘cultura’ da empresa.
Mas, como promete o próprio nome, centra-se na busca de objetivos, em vários níveis e de forma ágil, descomplicada. É o xodó das grandes do Vale do Silício. Afinal, foi introduzida, na década de 70 por Andrew Grove, presidente da Intel, que nos deixou em 2016.

O que há de novo, além da sigla?
Volto ao visionário Peter Drucker, pai da Administração por Objetivos, mas não só.
Ele alertava que:
- “… a normalidade é apenas a realidade de ontem.”
- “os resultados são obtidos pelo aproveitamento das oportunidades e não pela solução de problemas.”
- deve-se “criar Hoje o Futuro”.
- “… o trabalho difícil e desestimulante de amanhã não deve ser apagado pelas urgências do presente.”
- gestores precisam “combinar as vantagens da padronização com as da flexibilidade”.
- “negócio é o que gera valor”.
- “… todo trabalho precisa ser integrado num ‘programa unificado para o desempenho'”
- “a missão da empresa (seu negócio), para que seja válida, deve ser suficientemente ampla para permitir a expansão e modificação da atividade. Do contrário, poderá ficar obsoleta na primeira mudança do mercado ou tecnologia.” (…)
Citava a frase de Ford (“O consumidor pode comprar qualquer cor de carro desde que seja preta”) para evidenciar que flexibilidade custa tempo e dinheiro. A GM criou esta flexilidade, sem mais custos para o consumidor – desenvolvendo outra área, a contabilidade de custos – e ultrapassou a Ford.
Quer atualizar-se? Leia Drucker; qualquer livro, mesmo os mais antigos. Lá estão os temas eternos da administração: o futuro dos negócios passando pela logística; estratégia competitiva, liderança, criatividade, trabalho em equipe, market share ao invés de mind share; custo total (internos mais distribuição e pós-venda); não esquecer a história ( das mais de 5.000 empresas de estrada de ferro nos EUA, há cem anos, quantas restaram?) …
