“O homem que tenta ser bom o tempo todo está fadado à ruína entre os inúmeros outros que não são bons”. Maquiavel, sendo maquiavélico.

O poder tem seus encantos. Sentir-se poderoso é … embriagante. A ressaca se cura com mais poder.
Mesmo os supostamente não empoderados têm suas esferas de poder, em âmbitos menores. Até crianças sabem que precisam de algum poder, e desenvolvem habilidades para conquistá-lo.
Confunde-se com a “Vontade” schopenhaueriana: uma força cega, incessante e irracional que seria a essência dinâmica do mundo. Nietzsche adotou-a como “vontade de potência”, afirmando que exercemos o poder sobre as outras pessoas, beneficiando-as e prejudicando-as.
O poder é, a rigor, amoral. É um instrumento. Pena que seja facilmente associável a outras características negativas. A manipulação, a fraude, a dissimulação, a mentira, o fingimento, a desconfiança etc. são artifícios comumente usados por quem tende a direcionar o poder para fins egoístas.
Pés no chão, Henri Michaux alertava: “Se o lobo compreendesse os cordeiros, morreria de fome”.
O poder pode, entretanto, ser magnânimo. Não é comum, mas é possível. Depende da luz do seu detentor. Neste sentido, Michaux também especificava: “A aprendizagem da aranha não é para a mosca.”
“Quando o Poder do Amor superar o Amor pelo Poder, o mundo conhecerá a Paz”. (Jimi Hendrix)