
Nosso dia-a-dia, deixado solto, tende a perpetuar o passado. Para muitos, viver o presente é administrar os ‘problemas’ de ontem; a empresa guiada a partir do retrovisor.
Há pessoas que não encontram tempo para resolver problemas e valorizam-se, achando que ‘trabalham’ demais. A corrida diária é extenuante e acredita-se que se está administrando o presente quando, de fato, o foco está no ontem. Administrar o presente é preparar-se para o futuro, que é construído – ou não – no presente.
“O passado teima em ir para o futuro através do presente; o futuro não encontra um caminho para vir para o presente, de lá; e, no presente, não há tempo suficiente para tratar nem de um nem de outro e, em certas horas, nem do próprio presente.” (Silvio Meira)
Nesta linha de pensamento, Vijay Govindarajan escreveu “A Estratégia das 3 Caixas: um modelo para fazer a inovação acontecer“. Seu esquema consiste numa mentalidade voltada para a mudança, para a inovação; para que deixemos nossa marca no futuro e evitemos que ele deixe suas marcas em nós, atropelando-nos.
Isso requer abordagens diferentes de liderança, habilidades, métricas, métodos e mentalidades.
“… a mudança começa pela percepção de que o tempo é um continuum. O futuro não fica em um horizonte distante, e não é possível adiar para amanhã a tarefa de moldá-lo. Para chegar ao futuro, é necessário construí-lo dia após dia.” (Govindarajan)
Parece óbvio, logo é ignorado. Óbvio, porém válido. O modelo que ele apresenta é um ferramental interessante para a gestão da inovação.