
“Na verdade, sempre acreditei que a felicidade é o teste de todas as regras de conduta, e o objetivo da vida.
No entanto, hoje percebi que esse objetivo só seria alcançado se não fosse um fim direto. Só é feliz quem direciona esforços para alcançar objetivos que não sejam a própria felicidade; para a felicidade alheia, para a melhoria da condição humana e até para alguma arte ou interesse especial, que é almejado não como meio, mas como um fim ideal em si mesmo. Portanto, ao buscar algo diferente, acaba-se encontrando a felicidade no caminho.” (John Stuart Mill)
Assumindo-se que o lucro das empresas seja o correspondente à “felicidade empresarial”, também ocorre um efeito semelhante:
“As ‘empresas visionárias’ procuram alcançar um conjunto de objetivos, e ganhar dinheiro é apenas um deles – não necessariamente o principal. Sim, elas buscam o lucro, mas são igualmente guiadas por uma ideologia central: valores essenciais e senso de propósito para além de apenas ganhar dinheiro. No entanto, paradoxalmente, as empresas visionárias ganham mais dinheiro do que aquelas puramente voltadas para o lucro.” (Jim Collins e Jerry Porras)
Há caminhos indiretos, oblíquos até, que melhor nos levam ao que queremos.
“Por que a linha reta nem sempre é a melhor estratégia?” pergunta John Kay no seu instigante livro “A Beleza da Ação Indireta”.