
Conta-me, ó Cisne, tua velha história.
De onde viestes? Para onde vais?
Em que margem pousarás para descansar?
A qual meta entregastes o coração?
Esta é a manhã da consciência!
Voemos juntos! Desperta! Segue-me!
Há um lugar livre da dúvida e da tristeza,
Onde o terror da morte não impera.
Lá, florescem bosques em eterna primavera,
E sua fragrância faz avançarmos mais e mais.
Imerso nela, o coração, qual abelha, se inebria.
Imenso nela, já não quer outra alegria.
Kabir era ‘oficialmente’ muçulmano, porém não defendia nenhuma denominação religiosa; ao contrário, criticava tanto o islamismo quanto o hinduísmo e o siquismo.
Indiano, viveu entre 1440 e 1518.