
O artista francês Pierre Huyghe há muito tempo usa animais em seu trabalho: abelhas, cães e filhotes frequentemente percorrem seus mundos elaborados, mundos que ele cria em galerias e locais de exibição, transformando-os em estranhos não-lugares, lugares “intermediários” entre natureza e cultura.
“No final dos anos 1960, Jannis Kounellis trouxe pássaros e cavalos para as galerias e, em 1974, Joseph Beuys coabitou com um coiote numa galeria em Nova York. Desde então, peixes dourados, caracóis, jumentos, porcos e pulgas têm desempenhado um papel na arte contemporânea.” (Kate MacNeill)
Também somos contemporâneos. Na 29ª Bienal de SP, Nuno Ramos trouxe seus urubus, para a instalação “Bandeira Branca”. Não foi o pioneiro por aqui. Cildo Meireles, em 1967, usou um canarinho na obra “Desvio para o Vermelho”. Em 1970, queimou dez galinhas vivas.
Tudo “evolui”; não basta sensibilidade estética para apreciarmos “arte” atualmente.
A arte Moderna já havia empacotado o classicismo, valorizando o movimento e a velocidade das máquinas. A Contemporânea, que começa no pós-guerra, pisa nas fronteiras derrubadas pelos movimentos modernistas e aceita o infinito como limite.
Desde então, corremos para ficarmos no lugar, tentando ler o que acontece na eferverscência artística. Algumas expressões nesse mundo de iniciados:
- Arte cinética
- Fluxus
- Pop art
- Op art
- Instalações
- Arte bruta
- Arte informal
- Arte conceitual
- Assemblage
- Expressionismo abstrato
- Body art
- Hiper-realismo
- Happening
- Minimalismo
- Videoarte
- Arte povera
- Transvanguarda
- Internet art
- Arte urbana
- Graffiti …
Alguns lamentam que haja cada vez menos arte e cada vez mais mercado.