
“Em seu leito de morte, Gertrude Stein ergueu a cabeça e perguntou: ‘Qual é a resposta?’. Quando ninguém falou, ela sorriu e disse: ‘Neste caso, qual é a pergunta?’.” (Donald Sutherland)
As perguntas nos movem. A curiosidade é mãe do conhecimento. Nenhuma aprendizagem é efetiva se não motivada pela vontade de entendimento, mesmo que a posteriori. Curiosidade – vontade – atenção – aprendizagem.
As escolas ignoram essa corrente, na sua maioria. Parecem desconhecer as funções executivas desempenhadas pelo córtex pré-frontal.
Elas se voltam para atender o mercado, que demanda força de trabalho preparada, e focam, portanto, em ‘treinamentos’ para formar aptidões e perfis. Questionamentos e debates não são prioritários. Pesquisas, livre-pensar, liberação da imaginação, expressões artísticas … não são vistos como ‘úteis e necessários’.
Em 2010, o jornal The Guardian divulgou uma lista de 10 perguntas que a ciência precisaria responder:
- O que é consciência?
- O que aconteceu antes do Big Bang?
- A ciência e a técnica vão nos devolver nossa individualidade?
- Como vamos lidar com a crescente população mundial?
- Existe um padrão para os números primos?
- Podemos criar um modo científico de pensar totalmente dominante?
- Como podemos assegurar que a humanidade sobreviva e floresça?
- Qual o significado de espaço infinito?
- Serei capaz de gravar meu cérebro como posso gravar um programa de televisão?
- A humanidade pode chegar às estrelas?
Questões interessantes; nem todas relevantes. Mas, estamos chegando aos 8 bilhões de cabeças; daria para pensarmos em todas.
Quais ficaram fora?