O vídeo acima é de 2017, mas continua válido. Invista 6 minutos assistindo-o.
A questão não é o quanto investir, mas com que seriedade e qualidade fazemos isso.
Os investimentos em educação no Brasil não são pequenos. Gastamos com educação 8,3% do orçamento federal em 2018 contra 4,7% em 2008.
Dobramos o valor investido, mas nossos alunos continuam a ocupar as piores posições nos rankings internacionais de avaliação de ensino.
Por que? Porque não levamos educação a sério, de fato. Isso inclui a sociedade, que terceiriza o processo educacional integralmente às escolas e aos burocratas.
O país será tão rico quanto mais preparada for sua população. Não são a ‘riqueza mineral ou terras agriculturáveis’ que enriquecem a nação, mas quem a desenvolve.
Temos as pautas do congresso com suas agremiações, do executivo e seus aliados do supremo e seu colegiado.
Qual a pauta da sociedade que os sustenta?
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Não precisa ir muito longe, se a Finlândia é o 3o país menos corrupto do mundo… Sabemos da importância que a educação representa para o desenvolvimento sustentável de uma pessoa, mais ainda, para a riqueza de uma nação. Mas a virada de chave num país do tamanho da Finlândia não é de longe parecido com um país com as dimensões territoriais, mais as diferenças culturais e econômicas da população do Brasil. É muito mais complexo. Percebemos que a quantidade de dinheiro investido é uma parte da equação, mas que o dinheiro por si só não resolve e que a corrupção endêmica que assola nosso país impede que a sociedade como um todo colha os frutos desse investimento. Mesmo com o sistema de cotas, as vagas das melhores universidades são preenchidas pelos alunos que tem a melhor formação básica, que via de regra não são oriundos das nossas escolas públicas municipais e estaduais. Fica ainda a dúvida se o sistema de cotas será eficiente e suficiente para corrigir e minimizar o efeito das profundas diferenças sociais. Na Finlândia um professor ganha a metade de um deputado, diz o vídeo. Aqui essa comparação seria motivo de piada. No Brasil o professor possui um dos piores salários, não são valorizados pela população em geral, e são sistematicamente “encorajados pelo sistema” a aprovar alunos sem rendimento e aprendizagem. Fizemos investimentos pesados na formação de nível superior em vez de no ensino fundamental colocando a pirâmide de cabeça para baixo. Desviamos merenda escolar, jogamos toneladas de livros impressos no lixo todos os anos, financiamos mestrado, doutorado, pós doutorado etc., de professores universitários sem nenhum contrato nem projeto de contra partida para a sociedade que custeia essas bolsas das universidades federais. Quando isso vai mudar por aqui? Talvez quando um vereador, um deputado ou senador forem realmente SERVIDORES PÚBLICOS. Quando as pessoas eleitas para ocuparem esses cargos servirem a população, sem fisiologismos. Quando esses postos não forem “tomados” como profissão. Quando as pessoas que ocupam esses cargos tiverem os mesmos direitos dos professores do ensino básico da rede pública, talvez aí o Brasil vire a chave e leve a educação a sério.
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