
Com e após o governo de Kubitscheck o país se encheu de confiança e até sonhou que teria jeito; que não estava condenado, nós é que o enterrávamos a partir de nossa ‘inválida vontade’ e mísera descrença no potencial humano.
Esse ambiente entusiasta também contagiou Celso Furtado, e nunca o abandonou.
Hoje, 26 de julho, faria 100 anos. Um homem imbuído de país, de patriotismo, de confiança no povo brasileiro.
Lutou contra os “industriais das secas”, a oligarquia latifundiária, os radicais de direita cegos à realidade social, e uma esquerda crente em soluções fáceis, manipuladoras e inoperantes.
Estudei, no curso de graduação, a ‘Formação Econômica do Brasil’, um clássico, escrito em 1959. Outros 30 livros seguiram-se. Olhava o passado para esclarecer o presente e pensar o futuro.
Será sempre um farol para o equacionamento de nossas questões.
Celso Furtado, nascido no sertão da Paraíba, estudou no Liceu Paraibano e no Ginásio Pernambucano. Formou-se na Universidade do Brasil e doutorou-se nas Universidades de Paris e de Cambridge.
O conheci, através de minha Mãe, nas reuniões do grupo de discussões sobre os caminhos possíveis ao Brasil, após a eleição, no colégio eleitoral, de Tancredo Neves, que se reunia no Belas Artes, em São Paulo.
Minha Mãe, filha de uma líder comunista, presa na ditadura de 64 (aquela que nunca existiu), se tornaria uma grande Amiga Dele.
CurtirCurtir