Plínio, o Velho, morreu em 79 d.C. em decorrência da erupção do Vesúvio.
No ano de 77 escreveu um compêndio com o conhecimento científico de então, em 37 volumes. Tratava de zoologia, cosmologia, botânica, mineralogia etc.
Entre os temas, alguns livros listavam os “fármacos” e suas indicações para a cura de várias doenças. Algumas indicações:
. “(…) os epiléticos chegam a beber o sangue que escorre dos corpos dos gladiadores, como se estivessem bebendo em copos vivos, como fazem as feras.”
. Para dor de dente, basta que se esfreguem as gengivas com dente de um homem que tenha morrido de forma violenta.
. Cataratas se curam com bile humana.
. Para a cura de epilepsia, também se pode beber água colhida de uma fonte, à noite, com um crânio de alguém que não tivesse sido incinerado ao morrer.
. Cura da hidrofobia: beber água em um crânio de um enforcado. Comer vísceras, membros e cérebros de crianças também é permitido.
. Para curar a congestão nasal basta que se beije os olhos de uma mula.
. Dor de garganta se cura com excremento de cordeiro que não tenha comido erva secada à sombra.
Há vários outros protocolos.
No papel de epidemiologista, afirmava que “As epidemias sempre tomam um curso do sul em direção ao oeste, e quase nunca em direção oposta; nunca aparece no inverno ou dura mais de três meses.”
Hoje, seria forte candidato ao cargo de ministro da Saúde.
(Fonte: “Plínio, o Velho. O homem”, tradução de Antonio Fontoura, citado por Georgina Martins)
Não sem antes render-se à cloroquina.
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