Somos os senhores do planeta. Mas, existiria um limite que nós, humanos, podemos administrar, pergunta David Christian. Tudo que é complexo é frágil; é super relacionado, interdependente, queira-se ou não.
“O destino de todas as espécies capazes de aprender coletivamente será talvez o de atingir um muro de complexidade, a partir do qual suas sociedades desmoronam?”
O universo é indiferente ao nosso destino.
Assumimos o papel de novos demiurgos como os que, no dizer de Platão, se sentem como o princípio organizador do universo (embora não tenham criado de fato a realidade) e, “modelam e organizam a matéria caótica preexistente através da imitação de modelos eternos e perfeitos que carregam”?
Nossas ações (e omissões) implicam em responsabilidade, apesar de muitos ignorarem esse desdobramento. Estamos ‘administrando’ uma biosfera inteira, inconsequentemente. O excesso, a volúpia no uso, a visão limitada à nossa curta existência, podem arruinar nossa biosfera. Faltam zelo, prudência e carinho pelo que nos permite viver – o entorno, o ambiente. E, não há lugar bom para nós numa biosfera radicalmente modificada. Somos complexos; nossa capacidade de resposta adaptativa não é rápida. Outros organismos – menos complexos – mais facilmente se adaptarão.
“Vaidade, vaidade, vaidade.
De todos os pecados,
O meu predileto”.
Do filme “Advogado do Diabo”.
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