Considere a história sagrada asteca dos Cinco Sóis – na qual os deuses lutavam para refazer o mundo repetidas vezes, cada tentativa melhor que a anterior. Os seres humanos existem no Nepantla, um espaço liminar entre criação e destruição, ordem e caos. Nosso tempo atual era considerado o quinto sol; os quatro anteriores foram destruídos por enchente ou fogo.
Acho que haverá mais sóis.
A mitologia mesoamericana, contemplava vários deuses. O panteão asteca e dos outros povos é um ‘aculturamento’. A rigor, eles não tinham deuses, mas ‘teteoh‘, uma noção abstrata que se refere a energia ou poder.
Quetzalcoatl (serpente emplumada) era o ‘deus’ asteca do vento, do ar e do aprendizado. Um réptil voador: curiosa concepção para uma divindade criadora, que teria contribuído essencialmente para a criação da Humanidade.
Numa versão do mito, Quetzalcoatl roubou os ossos quebrados do submundo, das tentativas anteriores fracassadas de humanidade e, a Mãe Divina os moeu e misturou com o sangue dos deuses, formando as pessoas.
Deu no que deu.