O americano Joseph Stiglitz, o francês Thomas Piketty, a indiana Jayati Ghosh e o colombiano José Antonio Ocampo propõem uma revolução global na tributação.
São cinco as medidas sugeridas:
i. aplicar uma taxa de imposto mais alta às grandes corporações e setores oligopolizados, com elevadas taxas de retorno;
ii. definir uma taxa mínima efetiva de imposto corporativo de 25% em todo o mundo para interromper as mudanças de base fiscal;
iii. introduzir impostos progressivos sobre serviços digitais fornecidos por empresas multinacionais do setor;
iv. exigir a publicação de relatórios por país para todas empresas que se beneficiam do apoio do estado;
v. publicar dados sobre riqueza offshore para permitir que todas as jurisdições adotem impostos progressivos efetivos sobre a riqueza de seus residentes e, poder monitorar as taxas efetivas de IR dos contribuintes com maior renda. Estima-se que 40% dos lucros no exterior sejam dirigidos a paraísos fiscais.
Esse conjunto de medidas fiscais visa incentivar a recuperação pós-pandemia, com efeitos redutores das desigualdades.