
A Organização Mundial do Trabalho prevê que as horas de trabalho globais no segundo trimestre de 2020 fiquem 10,5% abaixo dos níveis pré-crise, o que equivale à perda de mais de 300 milhões de empregos a tempo integral. E, pela primeira vez neste século, a pobreza global está subindo.
A recessão global poderá reverter até três décadas de melhorias dos níveis de vida e, empurrar 420 a 580 milhões de pessoas em todo o mundo para a pobreza. O Programa Alimentar Mundial alertou que a COVID-19 irá provavelmente duplicar o número de pessoas que sofre de subnutrição aguda, para 265 milhões.
Com a deterioração econômica e fiscal sem precedentes em muitas economias emergentes, mais de 100 países solicitaram ajuda ao Fundo Monetário Internacional.
Ao contrário das reações imediatas e ‘nacionalistas’, que exprimem, em termos ‘tribais’ nosso egoísmo pessoal, vê-se que o mundo precisa construir um novo multilateralismo, mais eficaz, que esteja preparado para abordar os desafios do século XXI.
Não me refiro à globalização, mas a ações multilaterais, que contemple o mundo – todo – como nosso lar. Isso faz sentido para o combate comum a pandemias (esta poderá não ser a última, ao contrário), às questões ambientais e às desigualdades econômicas e sociais.
Texto original, de Erik Berglöf, Gordon Brown, Helen Clark e Ngozi Okonjo-Iweala: https://www.project-syndicate.org/commentary/g20-must-strengthen-covid19-response-for-poor-countries-by-erik-berglof-et-al-2020-06/portuguese
#desocupação #fome #Covid-19 #pobreza #multilateralismo
Com certeza não será a última. É preciso sim ações multilaterais e uma vacina para nosso egoísmo.
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